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Mostrando postagens com o rótulo Itália

O Grande Êxodo

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O Grande Êxodo Nos campos vastos da Itália em dor, Onde outrora a vida florescia, Agora reina o frio e o pavor, E a fome a todos consumia. Os filhos de Roma, em busca de abrigo, Deixam a terra que os viu nascer, Nas lágrimas, encontram um perigo, E no mar a esperança a se perder. Em portos cheios de desespero, Ouvem-se preces ao entardecer, O povo clama por destino fero, Que os faça longe o pão merecer. Os barcos partem sob o céu cinzento, Levando sonhos, vidas, coração, Na despedida, fica o sentimento, De quem jamais verá sua nação. As águas vastas guardam seus lamentos, Num horizonte de incerteza e dor, Onde se perdem tantos pensamentos, De quem buscava só algum amor. Mas nos seus olhos brilha uma centelha, Uma chama que o vento não apaga, E mesmo longe, a alma é centelha, Que na luta, a liberdade alaga. Os imigrantes, em terras distantes, Enfrentam o solo rude e o labor, Construindo com mãos vacilantes, Um novo mundo, com suor e amor. E assim, na epopeia que se narra, Sobrevive o es...

La Dura Scełta de Emigrar

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  La Dura Scełta de Emigrar Partir ‘na volta sensa mai tornar, ’ndar drio la scia d’un barco verso el Sud, co’ i oci bassi e el cuor a sospirar, lassando casa, fogo, intorno corde. El campo, el pianto, i fruti de ‘na vita, scampà par tera strania, xe ‘n dolor, come se l’ombra nostra no t'invita a tornar indrio, su la strada, da amor. La mare a pianger sola drìo el filar, el vècio su ‘na gròssa ciàpa, le strade cussì note a disvignar, e el ciel strassà da sta malinconà. El vento porta via col canto antico, la vècia vita de chi resta là, e drento el cuor te trovi l’eco amico de ‘n to speto reciàr che pì no sa. No ghe ze parole par el strapo dal to cor, ’n cor che se spaca come ramo rot, da tut quel che t’ha tignù al calor de le stagion passade, in ogni not. Cusì va via col pianto in gola strento, lontan da chi te gavea ‘n cuor fedel, partìndo drio sto mar, drio sto tormento, verso el destino che ne fa rebel. Le man frede sora el scuro legno, la barca ondegia, el mar che mai se ferma,...

Saudade e Superação: A Vida em Silveira Martins

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Saudade e Superação:  A Vida em Silveira Martins No horizonte distante, a dor se alinha, Cruzando o mar, buscamos nova sorte, Deixando a pátria, a vida já se esguinha, Entre a saudade e o medo de uma morte. A terra nova traz promessas tantas, Silveira Martins, destino tão fiel, Mas o coração em dor, já se adianta, Saudoso lar, onde o céu é mais azul. Nos campos vastos, mãos que se entrelaçam, Na luta dura, sem um só lamento, Mas dentro do peito as mágoas se enlaçam, E a alma chora o lar em pensamento. O arado corta a terra em linhas frias, Lavrando sonhos que plantamos aqui, Cada sulco, uma lembrança que esfria, Dos tempos idos que deixamos ali. As noites longas, frias como a morte, Trazem consigo a dor de um tempo ido, Mas em Silveira, a alma busca a sorte, De um novo lar, num solo tão querido. Os dias seguem, lentos, na promessa, De um futuro que insiste em ser melhor, E cada lágrima, em dor que não cessa, É um passo a mais, um fruto redentor. Entre os pinheiros, ecoam as canções...

A Partida do Porto de Gênova

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  A Partida do Porto de Gênova No porto, o mar sussurra a despedida, Enquanto o céu se veste de saudade, Partem os sonhos, almas divididas, Buscando em terras novas liberdade. O barco leva a esperança ao vento, Deixando atrás a pátria, o chão querido, Nos olhos brilha o misto de lamento, E a fé no peito, o coração ferido. As águas seguem rumo ao infinito, O horizonte chama, mesmo incerto, Mas cada passo ao longe é um grito, De quem deixou na Itália o peito aberto. E ao cruzar o Atlântico, o destino, Sabe que o novo mundo é o seu caminho.

Os Sonhos Interrompidos

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  Os Sonhos Interrompidos Na terra nova, a luz logo apagou, Sonhos ao vento, o mar levou embora, A solidão no peito se aninhou, E a esperança partiu, sem demora. No campo árido, o suor verteu, Lágrimas salgam o chão já exilado, E o futuro, que outrora se previu, Se tornou sombra, um destino amargo. O contrato findou, sem compaixão, E o retorno era a única escolha, Sonhos viraram um triste refrão, Na jornada onde a dor se recolha. Os que lutaram contra a tempestade, Com a força que só a fé pôde dar, Cederam ante a cruel realidade, Que a saudade nos olhos vem pesar. Havia quem, no navio, avistou, O porto amado, um sonho iluminado, Mas a febre, cruel, logo negou, O direito de pisar o esperado. De volta à Itália, sem nada nas mãos, Com corações partidos pela dor, Os que partiram, sem terras, sem grãos, Não tocaram o chão de seu labor. O oceano guardou seus segredos, Promessas que nunca se cumpriram, E no fundo, entre frios rochedos, Restaram sonhos que se despedaçaram. A Itália os acol...

O Retorno que Nunca Veio

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O Retorno que Nunca Veio Na terra além-mar, buscaram abrigo, Sonhando em breve ao lar poder voltar, Mas o destino, implacável inimigo, Fez-se silêncio onde o coração quis chorar. O sul os acolheu com novas dores, Entre matas densas, rios sem fim, Lágrimas regaram seus amores, Que na Itália distante ficaram enfim. O tempo passou, o sonho murchou, Em cada rosto, a saudade é guardiã, E o verde das colinas se apagou, Na terra estranha, a alma se afana. As mãos calejadas sem repouso, Ergueram lares em solo hostil, Mas o desejo, no peito, é retumboso, De ver a Itália, o solo juvenil. Aos filhos contavam histórias de outrora, De campos floridos e sol radiante, Mas o retorno esperado demora, E o peso da vida se faz constante. O sol do sul banhava a esperança, Mas a pátria era um sonho distante, E o coração, em dor e lembrança, Ficou preso num tempo flutuante. O idioma, o jeito, tudo mudou, Mas a alma insistia em sonhar, Que o barco um dia os levaria, Para os braços da pátria a abraçar. Passara...

Sotto il Cielo Gaucho: Il Viaggio Italiano

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Sotto il Cielo Gaucho: Il Viaggio Italiano Nelle pampas vaste, senza fine, Giunsero anime colme di speranza, Lasciarono patria, figli e confine, Cercando qui nuova alleanza. Nella densa serra, il freddo pungeva, La terra vergine, aspra all’aratro, Ma cuori ardenti, come notte breve, Portavano fede nel sogno ritrovato. Con mani callose coltivarono il suolo, E ogni lacrima caduta con fervore, Innaffiava il seme, in sacro asilo, Di una nuova vita, benedetto amore. Lingua straniera, peso dell’esilio, Rendevano ogni giorno una sfida, Ma l’amor per l’Italia, senza periglio, Nutria la lotta in chiara guida. Costruirono case, fondarono città, Con pietra, sudore, legno e dolore, E negli sguardi pieni di pietà, Cresceva la fiamma di eterno ardore. Sull'altare della terra, al sole ogni giorno, Si elevava la preghiera, puro sussurro, Ringraziando la vita, la gioia intorno, E sopportando l'inverno più duro. Caxias, Isabel, Conde d’Eu, terre, Dove il sangue italiano si versò, Progresso, cult...

Saudade e Superação em Silveira Martins

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  Saudade e Superação em Silveira Martins No verde mar das terras gaúchas vãs, Chegaram filhos da Itália a sofrer, Com sonhos presos nas entranhas sãs, Buscando vida que não viam nascer. Silveira, terra de promessas vãs, Em cada curva um lamento a crescer, Lembranças vivas em noites irmãs, De entes queridos que o mar fez perder. Nas matas densas o sol a esconder, O suor diário por pão e por paz, Mas o destino não vinha ceder, A luta eterna que o homem refaz. Na saudade intensa, a força se faz, Ao relembrar a vila tão querida, Cada dia duro é um passo audaz, Na trilha amarga, porém bem vivida. Os rios largos, o temor da vida, O eco distante dos risos de lá, A resistência em terra dividida, Entre o que foi e o que será já. A casa simples, ergue-se sem par, O fogo aceso nas noites de frio, É o calor do peito a despertar, Uma esperança que nunca viu brio. Nos campos vastos, o suor é brio, Com a enxada na mão, a fé no olhar, O pão que falta é a dor de um desvio, Mas a colheita faz-se ao...

Sob o Céu Gaúcho: A Jornada Italiana

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Sob o Céu Gaúcho: A Jornada Italiana Nos pampas largos, vastidão sem fim, Chegaram almas cheias de esperança, Deixaram pátria, filhos, e um jardim, Buscando aqui plantar nova aliança. Na serra densa, o frio era um açoite, A terra virgem, rude ao arado, Mas corações ardentes como a noite, Traziam fé no sonho almejado. Com mãos calosas, cultivaram chão, E cada lágrima ao solo derramada, Regava a semente, em sacra união, De uma nova vida abençoada. A língua estranha, o fardo de exílio, Tornavam cada dia um desafio, Mas o amor pela Itália, sem sigilo, Alimentava a luta em rosto frio. Ergueram casas, ergueram cidades, Com pedra, suor, madeira e dor, E nos olhares cheios de saudades, Crescia a chama do eterno amor. No altar da terra, ao sol de cada dia, Erguia-se a prece, sussurro puro, Agradecendo à vida, à alegria, E suportando o inverno mais duro. Caxias, Isabel, Conde d’Eu, locais, Onde o sangue italiano se fez, Progresso, cultura e valores ancestrais, Forjando um povo de rara altivez. O...

Lembranças do Além-Mar

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Lembranças do Além-Mar No véu da noite, surge a dor pungente, A saudade invade o peito, clama. Lágrimas escorrem, triste corrente, No peito a chama, que a distância inflama. Ecos distantes trazem vozes queridas, Sorrisos, memórias, doces abraços. Em terras novas, jornadas sofridas, Sonhos partidos em eternos laços. Olhares fixos no horizonte, além, A alma viaja em busca de um lar. Recordações de um tempo que não vem, Refúgio de um coração a sangrar. Os campos verdes, os rios cintilantes, Paisagens gravadas na mente. As festas, os risos, momentos distantes, Lembranças vivas, tão presentes. Na solidão, consolo em fotografias, Rostos queridos, histórias contadas. Cartas enviadas com as esperanças frias, De uma resposta que nunca chega. O tempo passa, mas a dor persiste, Em cada canto, um rosto amigo. A saudade cresce, o coração resiste, Guardando amores num abraço antigo. Novo mundo, novos desafios, Mas a alma clama por aquilo que ficou. Cada passo, cada sonho, são desvios, Na busca inces...

A Necessidade de Emigrar

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  A Necessidade de Emigrar Numa Itália exausta, sem alento, onde a fome impera e o pão escasseia, os campos secos, silencia o vento, a vida é uma dor que não se alteia. Nas ruas, sonhos quebrados jazem, casas vazias, olhos de amargor, o futuro, uma sombra que trazem, o presente, um eterno dissabor. As mães choram filhos distantes, os pais buscam esperança no mar, naves partem para mundos vibrantes, deixando um coração a sangrar. O sol nasce em terras desoladas, rios levam lágrimas de tristeza, nas noites frias e abandonadas, sonha-se com terras de beleza. Cada mala, histórias vão guardando, de sacrifícios, lágrimas e orações, antigas glórias e memórias dançando, novos caminhos, grandes ilusões. Ventos trazem vozes já distantes, de um passado que não quer morrer, nos corações, angústias constantes, a esperança começa a florescer. Cada adeus é um golpe profundo, cada partida, um sonho que vai, há quem parta buscando outro mundo, para um futuro que nunca se trai. Naves cruzam mares in...