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Nostalgia de Afetos Distantes

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  Nostalgia de Afetos Distantes No âmago da alma, a dor silente brada, Aos entes distantes meu pranto se lança, Na vasta imensidão que o peito invade, A saudade ferida se faz lembrança. Oh, longínquos abraços que não vêm, Em cada suspiro, um lamento aflora, Dos olhos brota a lágrima que contém A memória dos que o tempo devora. Oh, tempo cruel, que afasta e separa, E a distância, vil, que a vida condena, A alma sangra em dores que não para, Enquanto o coração na espera pena. Nas sombras do sentir, busco o alento, Dos laços rompidos, meu tormento.

Fé nos Confins do Sul

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Fé nos Confins do Sul Nos campos vastos, onde a fé plantada, Tocou os céus do sul, terras sem fim, O emigrante em prece ajoelhada, Buscava em Deus o seu destino enfim. Nos lares simples, ergue-se a esperança, Num crucifixo em meio à escuridão, Cada família, em dores e lembrança, Guardava a fé em sua devoção. E mesmo longe de seus sacerdotes, Nos confins verdes, florestas sem par, Em cada canto, em preces e em votos, O coração de um povo a pulsar. Os dias duros, fome, solidão, Na ausência do pastor, a cruz amada, Era o consolo, a força, a oração, Que conduzia a vida abençoada. Nas madrugadas frias, orações, Clamavam por um dia que viria, A benção de Deus, nas procissões, Em cada olhar, a fé se revestia. E assim a crença fez-se a fortaleza, No peito dos que aqui foram plantar, A nova vida, em solo, natureza, Com a esperança em Deus a os guiar. A religiosidade era o alento, No seio das famílias, era luz, O santo na parede, um firmamento, O terço nas mãos, caminho e cruz. Sem sacerdote, o ...

Lembranças do Além-Mar

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Lembranças do Além-Mar No véu da noite, surge a dor pungente, A saudade invade o peito, clama. Lágrimas escorrem, triste corrente, No peito a chama, que a distância inflama. Ecos distantes trazem vozes queridas, Sorrisos, memórias, doces abraços. Em terras novas, jornadas sofridas, Sonhos partidos em eternos laços. Olhares fixos no horizonte, além, A alma viaja em busca de um lar. Recordações de um tempo que não vem, Refúgio de um coração a sangrar. Os campos verdes, os rios cintilantes, Paisagens gravadas na mente. As festas, os risos, momentos distantes, Lembranças vivas, tão presentes. Na solidão, consolo em fotografias, Rostos queridos, histórias contadas. Cartas enviadas com as esperanças frias, De uma resposta que nunca chega. O tempo passa, mas a dor persiste, Em cada canto, um rosto amigo. A saudade cresce, o coração resiste, Guardando amores num abraço antigo. Novo mundo, novos desafios, Mas a alma clama por aquilo que ficou. Cada passo, cada sonho, são desvios, Na busca inces...