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Exílio e Rebeldia

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Exílio e Rebeldia Nos campos onde a dor é sem abrigo, O vento sussurrava em tom dolente, A terra exausta clama por um trigo, Que a fome faz do homem penitente. As sombras dos senhores desalmados, Com mãos de ferro tomam nossa vida, E sob o céu de chumbo, amordaçados, Partimos na jornada indefinida. Os rios que cruzamos sem descanso, Levavam nossos sonhos pelo mar, A terra prometida, a luz no manso Horizonte onde o sol vem a brilhar. Calaram nossas vozes, mas na alma, A chama da justiça ainda ardia, E foi no exílio que encontramos a calma, Que o solo pátrio nunca mais trazia. Obedecer, jamais! Foi nosso lema, Nas terras distantes, ergueremos Um lar que nunca mais tema As chamas que em nós reviveremos. Por entre as vinhas de um futuro incerto, Plantamos esperança e fé no chão, E cada fruto, cada sonho aberto, Nos traz o alento e a renovação. Assim marchamos, destemidos seres, Fugindo do punhal que a vida corta, E enquanto os ventos levam os prazeres, Nós erguemos as mãos na nossa porta.

O Grande Êxodo

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  O Grande Êxodo  Nas sombras do amanhecer silente, lágrimas brilham como diamantes, nos braços dos entes, docemente, despedidas murmuram sonhos distantes. Deixando casas, amigos, vilarejos, um fardo pesado nos corações, atravessando mares, lares e desejos, buscando esperanças em novas nações. No convés do navio, apinhados, sob céus vastos e mares em desalento, com rostos cansados e sonhos quebrados, navegam entre ondas e tormento. Na escuridão dos porões fétidos, o ar saturado de sofrimento, nas estivas, entre suspiros e tediosos dias, esperança em movimento. Navegando entre ondas bravas, homens e mulheres, coragem sem fim, enfrentando tempestades bravas, buscando um amanhã mais sublime. Além do horizonte, um novo destino, mas a saudade arde nos corações, a lembrança de cada caro vizinho, que fica na pátria, entre dores e paixões. Em novas terras, o trabalho é duro, mãos calejadas e costas curvadas, o esforço transforma o futuro, mas a dignidade não é negada. Entre campos vastos e céu