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Mostrando postagens de agosto 4, 2024

Lembranças do Além-Mar

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Lembranças do Além-Mar No véu da noite, surge a dor pungente, A saudade invade o peito, clama. Lágrimas escorrem, triste corrente, No peito a chama, que a distância inflama. Ecos distantes trazem vozes queridas, Sorrisos, memórias, doces abraços. Em terras novas, jornadas sofridas, Sonhos partidos em eternos laços. Olhares fixos no horizonte, além, A alma viaja em busca de um lar. Recordações de um tempo que não vem, Refúgio de um coração a sangrar. Os campos verdes, os rios cintilantes, Paisagens gravadas na mente. As festas, os risos, momentos distantes, Lembranças vivas, tão presentes. Na solidão, consolo em fotografias, Rostos queridos, histórias contadas. Cartas enviadas com as esperanças frias, De uma resposta que nunca chega. O tempo passa, mas a dor persiste, Em cada canto, um rosto amigo. A saudade cresce, o coração resiste, Guardando amores num abraço antigo. Novo mundo, novos desafios, Mas a alma clama por aquilo que ficou. Cada passo, cada sonho, são desvios, Na busca inces

A Dor da Despedida

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  A Dor da Despedida Adeus, minha terra, adeus, amados, Um vazio no peito a nos consumir, Entre lágrimas e suspiros apertados, Partimos sem saber onde iremos ir. O trem apita, um som que nos perfura, E os abraços desmancham-se em pranto, Cada adeus é uma dor que perdura, Deixando nossa alma em desencanto. Mães e filhos num último abraço, Pais buscam palavras de consolo, Olhos falam em silêncio, passo a passo, Mas o coração é um porto sem solo. O navio espera com velas ao vento, Um gigante que nos leva ao desconhecido, Sonhos lançados em mares de tormento, Navegam com destino não definido. O porto se afasta, some devagar, Enquanto o mar nos envolve em azul, A Itália fica um sonho a desvanecer, Uma estrela que brilha em céu tão cru. Lágrimas misturam-se ao sabor do mar, Enquanto o vento murmura memórias, Cada onda traz um pensamento a vagar, Cada estrela revela antigas histórias. O coração fica na praia, solitário, Enquanto o corpo avança sem paz, A esperança é um farol necessário, E o m

Os Italianos no Interior do Espírito Santo

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  Os Italianos no Interior do Espírito Santo Em terras italianas, o sofrer, a vida dura, fome, incerteza, unidos pela fé, sem esmorecer, buscavam no Brasil nova firmeza. Após a unificação, a dor, nos campos secos, sonhos desfeitos, contratos foram rumo promissor, para encontrar nos trópicos direitos. Partiram cheios de esperança e dor, nas velhas naves rumo ao mar sem fim, em busca de um futuro redentor, deixando para trás seu próprio jardim. Chegaram no Rio, porto acolhedor, início de uma nova trajetória, enfrentando desafios com fervor, escrevem nas colônias sua história. De navio a trem, canoa singela, até as fazendas, longe do mar, os imigrantes, a jornada bela, buscando no café o seu lugar. Substituindo a mão de obra escrava, com força e coragem, se entregaram, nos campos verdejantes, vida brava, os frutos do labor então brotaram. Trabalhavam de sol a sol, sem fim, a terra dura, o suor vertido, os dias longos, noites sem jardim, em busca de um futuro garantido. Quando os contratos

A Longa Travessia no Mar

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A Longa Travessia no Mar Sob vastos céus e nuvens vagabundas, o barco luta nas ondas com ardor, em mares amargos, esperanças fundas, a viagem longa e dura causa dor. A madeira range sob nossos pés, enquanto o vento uiva histórias velhas, em espaços estreitos e camas sem viés, vivemos noites escuras, tristes centelhas. O ar pesado de suor e sal, nos sufoca em suspiros exaustos, a esperança enfrenta todo mal, em dias longos, sonhos desfeitos e gastos. Ondas furiosas como monstros velhos, nos sacodem em danças cruéis, o mar nos abraça com laços breves, nesta travessia sem véus. Crianças choram em noites escuras, enquanto febres altas os devoram, mães rezam com mãos puras e seguras, na esperança de que os deuses os salvam. As estrelas pálidas sobre nós vigiam, testemunhas silenciosas da dor, enquanto ondas e ventos nos guiam, entre preces e gritos de amor. Marinheiros gritam ordens fortes, neste barco cheio de destinos, enquanto os doentes enfrentam mortes, lutando entre a vida e divinos.

A Necessidade de Emigrar

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  A Necessidade de Emigrar Numa Itália exausta, sem alento, onde a fome impera e o pão escasseia, os campos secos, silencia o vento, a vida é uma dor que não se alteia. Nas ruas, sonhos quebrados jazem, casas vazias, olhos de amargor, o futuro, uma sombra que trazem, o presente, um eterno dissabor. As mães choram filhos distantes, os pais buscam esperança no mar, naves partem para mundos vibrantes, deixando um coração a sangrar. O sol nasce em terras desoladas, rios levam lágrimas de tristeza, nas noites frias e abandonadas, sonha-se com terras de beleza. Cada mala, histórias vão guardando, de sacrifícios, lágrimas e orações, antigas glórias e memórias dançando, novos caminhos, grandes ilusões. Ventos trazem vozes já distantes, de um passado que não quer morrer, nos corações, angústias constantes, a esperança começa a florescer. Cada adeus é um golpe profundo, cada partida, um sonho que vai, há quem parta buscando outro mundo, para um futuro que nunca se trai. Naves cruzam mares infini

Os Italianos em Santa Catarina

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  Os Italianos em Santa Catarina Em terras da Itália, vida dura, Pequenos agricultores, artesão, Sonhando com a sorte, noite escura, No peito ardia a chama dos irmãos. A unificação trouxe só pesar, Os campos secos, sonhos desfeitos, Contratos prometiam novo lar, Destinos tropicais, corações eleitos. Partiram com esperança e muita dor, Nas velhas embarcações cruzam o mar, Buscando novo rumo, com ardor, Deixando para trás o seu pesar. Chegaram no Rio, acolhedor, Início de aventura e paz, Enfrentam desafios com valor, Escrevem a cultura, alma e paz. Do Rio ao Desterro, longa jornada, Em ondas, ventos, dias a fio, Com fé e mente firme, entrelaçada, Sonhando com os campos do Brasil. Substituem a mão escravizada, Com força e coragem, trabalhar, Nos verdes campos, vida suada, Frutos do suor conquistaram. Do sol ao alvorecer até noite, A terra dura e o suor vertido, Dias longos, vida com açoite, Buscando futuro merecido. Quando os contratos chegaram ao fim, Alguns voltaram à terra natal, Mas m

I Braccianti e Artigiani Italiani nel Nuovo Mondo

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I Braccianti e Artigiani Italiani nel Nuovo Mondo Tra i monti italici, un tempo antico, vivevano in miseria, sudore e pena, un popolo sognava un mondo amico, dove la speranza nuova si arena. Nell'Italia unita, nord e sud, tra campi e officine, si lottava, là dove il pane è frutto di virtù, e il sogno dell'oltreoceano chiamava. Partivano le navi a vele piene, verso il Brasile, terra di promesse, nei cuori, l'ansia e il cuore si trattiene, nel lungo viaggio, il mare li redime. Rio de Janeiro, porto di destini, accoglie i visi pallidi e stanchi, lasciando indietro il peso dei confini, in cerca di speranza nei banchi. In treni cigolanti e antiche canoe, i coloni avanzavano sperando, tra fiumi e foreste senza vie, la libertà dai ceppi rimirando. I braccianti italiani, forti e fieri, sotto il sole ardente lavoravano, nei campi di caffè senza misteri, la vita dura in essi trovavano. Sostituivano schiavi liberati, con mani callose e spiriti forti, sui campi verdi, semi seminati, pe