Os Sonhos Interrompidos
Os Sonhos Interrompidos Na terra nova, a luz logo apagou, Sonhos ao vento, o mar levou embora, A solidão no peito se aninhou, E a esperança partiu, sem demora. No campo árido, o suor verteu, Lágrimas salgam o chão já exilado, E o futuro, que outrora se previu, Se tornou sombra, um destino amargo. O contrato findou, sem compaixão, E o retorno era a única escolha, Sonhos viraram um triste refrão, Na jornada onde a dor se recolha. Os que lutaram contra a tempestade, Com a força que só a fé pôde dar, Cederam ante a cruel realidade, Que a saudade nos olhos vem pesar. Havia quem, no navio, avistou, O porto amado, um sonho iluminado, Mas a febre, cruel, logo negou, O direito de pisar o esperado. De volta à Itália, sem nada nas mãos, Com corações partidos pela dor, Os que partiram, sem terras, sem grãos, Não tocaram o chão de seu labor. O oceano guardou seus segredos, Promessas que nunca se cumpriram, E no fundo, entre frios rochedos, Restaram sonhos que se despedaçaram. A Itália os acolheu,