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Guardiãs de Memórias

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Guardiãs de Memórias Nas terras brutas, onde a selva chama, A mulher ergueu-se em meio à solidão, Com mãos cansadas, mas alma que inflama, Criou um lar, raiz de uma nação. No frio da serra, seu calor sustenta, Com fé e força, cada passo guia, Enquanto o vento da saudade aumenta, Ela semeia a história dia a dia. Seu rosto traz as marcas do passado, Cada ruga, um conto a revelar, De um tempo duro, mas tão abençoado, Onde a esperança soube prosperar. Nas fazendas de café, o sol queimava, E a mão gentil colhia com cuidado, Entre os grãos, seu sonho ali plantava, Futuro em terra nova, conquistado. Na mesa, pão, na alma a devoção, Das mãos que amassam nasce o alimento, E com a voz, a antiga oração, Ecoa em fé, um puro sentimento. Guardião de memórias, ela é o farol, Que guia os filhos nas noites escuras, Mantendo viva a chama, o arrebol, Nas tradições que são as suas juras. Em cada gesto, um legado sagrado, No abraço firme, o alento que salva, E no olhar, um futuro desenhado, Mulher imigrant

A Saudade da Terra Natal

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A Saudade da Terra Natal   Nas verdes colinas além-mar amado, Dança a saudade dentro do meu peito, Em terra estranha, um pranto acumulado, Ressoam memórias com todo o jeito. O vento frio traz vozes queridas, Eco de sonhos que ficaram lá atrás, E no silêncio, as ausências sentidas, Aperta os dias num viver fugaz. Mãos calejadas, a terra tocando, Revivem os campos jamais visitados, Nos sonhos voltam, o amor procurando, Enquanto a dor narra corações marcados. A saudade é laço que não se solta, Entre a nova terra e a antiga amada, Na memória, a imagem que se exalta, De uma pátria que é sempre adorada. Os grandes rios e a selva escondida, E a distância cruel dentro do peito, A alma à mãe sempre fica unida, Com saudade que alimenta o afeto. No calor do dia, frio e mudo, A lembrança vem como uma dor, Doce terra, já em sonho vivido, A saudade é um fardo de amor. Cada lágrima, sorriso desfeito, Revela o sonho que foi desejado, De um retorno que é sempre refeito, À terra que nunca foi deixado. O

O Vapor Está Zarpando

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  O Vapor Está Zarpando Os olhos fitam o imenso oceano, O vento sopra histórias a contar, O coração se aperta com o plano, Deixando a terra amada para o mar. As ondas dançam num eterno rito, E cada pulso é um sonho a embarcar, O futuro é incerto, mas é grito, De quem deseja em paz recomeçar. As mãos se agitam em adeus final, O cais se afasta, e a dor no peito arde, Sentimentos que se fazem vendaval, Saudade invade e a lágrima é covarde. O vapor corta o azul, firme e audaz, Levando esperanças num véu de espuma, O que será da vida, onde a paz Está no horizonte que se esfuma? A Itália fica, um ponto a sumir, O verde das montanhas vai distante, E o mar, com seu eterno redemoinho, Esconde as memórias já flutuantes. Há medo no olhar de quem se vai, Mas há coragem em cada pulsar, Pois o amanhã, embora não se saiba, É novo chão a quem deseja andar. O sol desponta no horizonte infindo, E a luz que se reflete sobre as águas, Desenha em ouro o caminho vindo, Um novo lar que cura antigas mágoas. A