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Mostrando postagens com o rótulo colheita

La Dura Scełta de Emigrar

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  La Dura Scełta de Emigrar Partir ‘na volta sensa mai tornar, ’ndar drio la scia d’un barco verso el Sud, co’ i oci bassi e el cuor a sospirar, lassando casa, fogo, intorno corde. El campo, el pianto, i fruti de ‘na vita, scampà par tera strania, xe ‘n dolor, come se l’ombra nostra no t'invita a tornar indrio, su la strada, da amor. La mare a pianger sola drìo el filar, el vècio su ‘na gròssa ciàpa, le strade cussì note a disvignar, e el ciel strassà da sta malinconà. El vento porta via col canto antico, la vècia vita de chi resta là, e drento el cuor te trovi l’eco amico de ‘n to speto reciàr che pì no sa. No ghe ze parole par el strapo dal to cor, ’n cor che se spaca come ramo rot, da tut quel che t’ha tignù al calor de le stagion passade, in ogni not. Cusì va via col pianto in gola strento, lontan da chi te gavea ‘n cuor fedel, partìndo drio sto mar, drio sto tormento, verso el destino che ne fa rebel. Le man frede sora el scuro legno, la barca ondegia, el mar che mai se ferma,...

Saudade e Superação: A Vida em Silveira Martins

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Saudade e Superação:  A Vida em Silveira Martins No horizonte distante, a dor se alinha, Cruzando o mar, buscamos nova sorte, Deixando a pátria, a vida já se esguinha, Entre a saudade e o medo de uma morte. A terra nova traz promessas tantas, Silveira Martins, destino tão fiel, Mas o coração em dor, já se adianta, Saudoso lar, onde o céu é mais azul. Nos campos vastos, mãos que se entrelaçam, Na luta dura, sem um só lamento, Mas dentro do peito as mágoas se enlaçam, E a alma chora o lar em pensamento. O arado corta a terra em linhas frias, Lavrando sonhos que plantamos aqui, Cada sulco, uma lembrança que esfria, Dos tempos idos que deixamos ali. As noites longas, frias como a morte, Trazem consigo a dor de um tempo ido, Mas em Silveira, a alma busca a sorte, De um novo lar, num solo tão querido. Os dias seguem, lentos, na promessa, De um futuro que insiste em ser melhor, E cada lágrima, em dor que não cessa, É um passo a mais, um fruto redentor. Entre os pinheiros, ecoam as canções...

Os Sonhos dos Emigrantes

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  Os Sonhos dos Emigrantes Navegam, na esperança, os corações, Longe da terra amada, em busca de alento, Rumo ao Brasil, que guarda em ilusões, Oásis de promessas, doce vento. No peito, a dor da Itália que se vai, O solo fértil deixa-se pra trás, Mas a esperança nasce e logo atrai, Um novo lar que o tempo nunca traz. Nos olhos, brilham sonhos de futuro, Terra que acolhe com calor e paz, Mas o caminho é longo e, mesmo escuro, Carrega em si a fé que nunca jaz. O verde das colinas, lá distante, Ainda vive em cada pensamento, Mas o Brasil, com voz tão retumbante, Promete aos bravos mais contentamento. As mãos calejadas pelo arado, Já sonham com a terra generosa, Onde o suor será logo abençoado, E a colheita será esplendorosa. Os filhos, herdeiros dessa nova vida, Crescerão livres, fortes como o mar, E a saudade, que fere e nunca finda, Será lembrança que se há de amar. Nos céus do sul, o sol brilha imponente, Guiando os passos de quem se atreveu, A deixar tudo, a pátria e a semente, Pa...

Calar e Obedecer Sempre

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Calar e Obedecer Sempre Nos campos vastos, o sol já reluz, O povo veneto em dor trabalha, A terra é dura, o suor conduz, Calar e obedecer não se atrapalha. A Sereníssima, em glória antiga, Caiu em pó sob guerra cruel, A fome é feroz, ferida antiga, No peito que sofre destino fiel. Nos verdes campos, suor a correr, O veneto planta, mas não colhe, Seus sonhos murcham sem florescer, Obedecer é o que se escolhe. Sob o jugo de império alheio, A alma veneta em dor se cansa, Trabalha em campo, num chão cheio, Esperança morta, fé sem dança. De um tempo em que se almoçava e jantava, Restou só a fome, a dor que consome, No novo reino, o povo esperava, Mas não há comida, só há mais fome. O som dos sinos nas igrejas ecoa, Em prece fervente, o povo chora, A fé se mantém, mesmo quando doa, Pois em Deus confiam a toda hora. O senhor de terras, distante, ausente, O povo labuta por um sustento, A colheita é pouca, o lucro é rente, Calar e obedecer é o lamento. Na Itália unida, o sonho se esvai, A terra...

Por que Tivemos que Emigrar

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  Por que Tivemos que Emigrar Na Itália, um passado em pedaços, Reinos fragmentados, línguas mil, Unidos, mas perdendo seus abraços, Na miséria, o pranto é sempre hostil. No campo, a esperança já se esvai, Colheitas falham, o pão é escasso, O suor na terra não satisfaz, A pobreza nos cerca com seu laço. De Treviso, partimos com temor, Sonhando um Brasil de sol e paz, Mas o oceano traz a dor maior, E o futuro, incerto, ainda jaz. Os filhos, pequenos, no peito o ardor, Deixando o lar, a terra e a raiz, Buscando no Sul um novo labor, Onde a vida, quem sabe, se refaz. As montanhas nos acenam distantes, A saudade aperta o coração, Mas seguimos, esperançosos, errantes, Cruzando mares, sem volta ou perdão. Na Colônia, os primeiros passos, Com a enxada, o sonho vai surgindo, Aos poucos, vencemos os fracassos, Mas o coração segue insistindo. A Itália em nós é memória viva, No sangue corre a antiga paixão, Mas a terra nova nos cativa, É preciso crer na redenção. O inverno é rigor, o verão, a...

Entre Vinhedos e Montanhas: O Destino dos Filhos da Itália

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  Entre Vinhedos e Montanhas:  O Destino dos Filhos da Itália Em terras distantes, o sonho se faz, Deixando pra trás o lar e a raiz, No Rio Grande, entre campos e paz, Forjaram um mundo, um novo país. Sob o sol ardente, o suor se mistura, Às lágrimas doces de quem já partiu, Nas vinhas que crescem com força e ternura, O tempo renova o que o coração sentiu. Na serra o vento, com voz sussurrante, Canta as memórias de um velho lugar, Mas cada manhã é um passo adiante, Na luta por pão e por prosperar. O frio da noite invade a morada, Mas o calor do lar tudo sustém, No fogo aceso, a alma é aquecida, E a esperança renasce no além. A terra responde ao toque preciso, De quem com amor plantou o seu pão, E a colheita chega com olhar indeciso, Mas há sempre força no coração. Crianças correm por entre os vinhedos, Livres, alegres, sem medo ou pesar, O riso ecoa, despedaça segredos, E faz renascer o sonho de amar. Nas festas da vila, o canto ecoa, A voz dos antigos ressoa, então, A Itália ...