O Tempo

O Tempo No silêncio do tempo, suspenso no éter, Entre estrelas que dançam, o destino a tecer. T empo, artífice invisível, entrelaça fios de prata, No céu sensível, uma trama que desata. Sobre as asas da aurora, o sol lentamente se ergue, Desperta a terra do repouso, qual sonho que urge. Os dias escapam como pétalas ao vento, No canto eterno de um tempo sempre atento. No crepúsculo dourado, o poente sussurra, Histórias ancestrais gravadas nas pedras da penumbra. Sombras se estendem, o dia se desfaz, Enquanto o tempo, impávido, o mundo desfaz e refaz. Nas noites estreladas, o tempo se torna sonho, Uma odisseia sem fim, uma jornada que se entronca. As agulhas do relógio marcam o passo, Mas na alma, o tempo dança sem embaraço. As estações se sucedem como atores num palco, A primavera dança com o perfume a desabrochar. O verão abraça o calor, o outono o ocaso, E o inverno, no abraço gélido, o tempo se desped...