Caminhos de Fé e Luta nas Colônias Italianas

 


Caminhos de Fé e Luta nas Colônias Italianas


No peito ardente, um sonho se acende,

Deixaram terra, lares e raízes,

Nas serras verdes, o novo se estende,

Sem ouro ou glória, firmam as matrizes.


Erguem-se casas, de pedra e suor,

Na solidão, um cântico de dor,

O tempo é rude, porém há fervor,

Plantam as uvas, colhem o labor.


Nos dias frios, a neve os invade,

O vento corta, mas não os detém,

As mãos calejadas vencem a saudade,

E em cada gesto, a esperança vem.


Crescem as vinhas, fruto de união,

Nas mãos de quem ao solo entregou,

A vida floresce, rompe a solidão,

O novo lar, enfim, os acolheu.


Em noites calmas, ao som da viola,

Cantam histórias de um mundo além,

Onde a Itália, mãe que não consola,

Fica nas memórias que o tempo mantém.


Caminhos de fé, a luta constante,

Em cada passo, o suor e a dor,

Mas a esperança, chama brilhante,

Guia os corações ao amor maior.


Nasce uma terra, forjada em coragem,

Do sangue, suor e lágrimas vertidas,

Um novo povo, em plena viagem,

Deixa o passado, em novas investidas.


Sob o céu gaúcho, a vida se faz,

Com mãos de ferro e um coração audaz,

E a cada colheita, a vitória traz,

Um futuro de paz, que nunca se desfaz.