As Tradições Mantidas


As Tradições Mantidas


No verde vale, ao longe do ancestral,

Ecos de lutas, terras são guardiãs,

Imigrantes trouxeram o natal,

Com fé e força, raízes são imãs.


Na dança e canto, em festas ressoam,

Histórias velhas de um lar distante,

Cada canção que os corações entoam,

Elo eterno do amor constante.


Em fogos altos, brilham as memórias,

Do lar antigo, agora renascido,

Cozinha e cheiros, ricas são as glórias,

Receitas velhas, sempre revivido.


O vinho é sangue, a mesa celebra,

O pão é vida, santo sacramento,

Em cada gesto, a tradição se enleva,

Em cada ato, puro sentimento.


Na capelinha, velas são acesas,

Orações suaves, eco do passado,

Em procissões, as almas são coesas,

Fé mantida, coração calado.


Nas mãos calejadas, sonhos plantados,

Em terras novas, frutos do labor,

No suor, os legados sustentados,

Cada esforço, renovado ardor.


Os filhos aprendem, mantêm o rito,

Em cada palavra, um tesouro é visto,

Na língua doce, o passado é escrito,

Em cada riso, o futuro é misto.


Nas saias rodadas, trajes bordados,

Danças antigas, movimentos leves,

Com cada passo, tempos revivados,

Em cada volta, lembranças breves.


Nas juras feitas, amor preservado,

Promessas são eternas, no luar,

Nos nomes dados, passado honrado,

Em cada vida, o lar é seu lugar.


O velho sino, em toques ressoa,

Chamando a todos para a oração,

Em coro unido, o tempo abençoa,

Mantendo viva, pura tradição.


Na feira livre, aromas passeiam,

Doces, queijos, sabores ancestrais,

Nas mãos das nonas, histórias vagueiam,

Mantendo vivos sonhos imortais.


E o tempo passa, mas nada apaga,

A chama viva, herança de um lar,

Que cada dia, nova manhã traga,

A tradição, para sempre a brilhar.


Nos olhos vivos, memórias guardadas,

Nos gestos simples, um mundo é visto,

Nas novas terras, velhas são as fadas,

Que nunca deixam o sonho misto.


E assim, unidos, mantêm-se fiéis,

Às raízes fortes, que o tempo molda,

Nas tradições, os laços são cordéis,

Que unem almas, em trama dourada.