Inveja nas Sombras

 


Inveja nas Sombras


Na trama obscura da inveja, versos traço,

Em poesia, teço o manto do desgosto,

Nas sombras do coração, o veneno em abraço,

A inveja, sutil praga, ecoa em cada gosto.


No palco da vida, dança a serpente maldita,

Inveja, mácula que sussurra ao ouvido,

No silêncio do olhar, a falsa bonita,

Tece a teia, onde a alma é comprometido.


Em olhos de esmeralda, lágrimas de fel,

A inveja se disfarça, cínica e traiçoeira,

Entre risos forçados, na dança cruel,

Pérfida amiga, na festa passageira.


Em cada suspiro, o veneno se destila,

Inveja, a sombra que espreita no escuro,

Nas entrelinhas do sorriso que humila,

A alma sofre o peso do fardo impuro.


No jardim da amizade, a erva daninha,

Inveja floresce e sufoca a virtude,

Entre pétalas falsas, a traição caminha,

Envenenando a raiz que a todos ilude.


Na aurora da conquista, o olhar se nubla,

Inveja, bruxaria que assombra o vencedor,

No aplauso vazio, a alma se perturba,

Ao sucesso alheio, ecoa o triste clamor.


Entre suspiros de sombras, o ciúme cresce,

Inveja, carrasco que corta os laços,

No eco do despeito, a amizade fenece,

E a solidão se veste com seus abraços.


No canto do pássaro, a canção deturpada,

Inveja, eco que ecoa no coração,

Na trilha da mentira, a alma marcada,

Pelas garras da inveja, em cada ação.


Sob a luz da lua, a sombra se projeta,

Inveja, espectro que dança na penumbra,

No rosto do invejoso, a máscara completa,

E a sinceridade se perde na penumbra.


Nas asas da inveja, voam palavras afiadas,

Cortando sonhos, dilacerando esperanças,

No palco do teatro, peças encenadas,

O enredo da inveja, tece as lanças.


Na dança das sombras, a cobiça dança,

Inveja, serpente que sibila veneno,

No coração do invejoso, a triste lança,

Ferindo a alma, sem pudor, sem terreno.


Na sinfonia da vida, a inveja desafina,

Falsos acordes em notas descompassadas,

No coração do invejoso, a dor domina,

E a amargura se espalha pelas jornadas.


Na roda da fortuna, a inveja conspira,

Tentando derrubar quem se eleva,

No eco do ressentimento, a ferida respira,

E a inveja, cega, tudo releva.


Na tapeçaria da existência, fios de despeito,

Inveja, teia que tece amarras obscuras,

Entre sombras e luz, no triste feito,

A inveja, vil senhora, desatina as costuras.


Na senda da compaixão, ergamos o escudo,

Contra a inveja, que tenta corroer a essência,

No coração humano, seja mais que tudo,

A solidariedade, a verdadeira abastança.


Que a luz da empatia, como sol no poente,

Dissipe a sombra da inveja, sinistra vilã,

Que o amor, como farol resplandecente,

Ilumine caminhos, com paz e esperança sem fim.