Ciranda de Lembranças
Ciranda de Lembranças
Nas tardes douradas da infância querida,
Memórias se entrelaçam em doce melodia,
Crianças correndo na brincadeira atrevida,
Guardando segredos na eterna fantasia.
Pipas desenhando o céu azul e amplo,
Segredos sussurrados sob a velha árvore,
Inocência pura, sem mácula ou canto,
Neste mundo encantado, onde tudo é nobre.
A cozinha exalando o aroma do bolo assado,
Risos ecoando no quintal a brincar,
Lágrimas enxugadas num abraço apertado,
Em cada gesto, o carinho a nos guiar.
Caminhos de terra nos levavam a aventuras,
Esconderijos secretos, tesouros a desvendar,
O sol se pondo, mas nunca a ternura,
Na noite que chegava, sempre a sonhar.
A lua, testemunha silente das travessuras,
Guardiã dos segredos da nossa infância pura,
Em cada lembrança, uma doce candura,
Neste baú de memórias, a vida se molda.
Hoje, entre suspiros e sorrisos, recordo,
Na ciranda das lembranças, sigo a dançar,
O passado vive em mim, doce e acolhedor,
Na eterna infância que nunca deixará de encantar.